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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ajude seu filho ou amigo a sair das drogas

Ajude seu filho ou amigo a sair das drogas
A maioria dos pais tenta resolver o problema sem pedir ajuda a ninguém. Envergonhados, evitam os amigos. Obcecados, passam a seguir o jovem, numa tentativa desesperada de evitar seu contato com más companhias. Sem saída, submetem-se a humilhações. Mas, o caminho solitário não leva a nada. Só com o apoio de profissionais especializados, uma boa literatura, bons amigos, os pais podem se fortalecer para, efetivamente, contribuir para a recuperação de seus filhos.A primeira reação dos pais costuma ser de negação.
Não percebem ou não querem perceber, o que está acontecendo. Eles querem se convencer de que nada daquilo é verdade e acabam se deixando manipular. Quando a realidade se impõe, começa uma verdadeira via-crucis, que pode se arrastar por longos e penosos anos de lágrimas, ameaças e medo. Os pais tentam cercear a liberdade do filho, vigiam seus passos, suas amizades, ouvem seus telefonemas, revistam suas gavetas. O dependente nega, faz promessas, mas entra cada vez mais no submundo da droga.Sinônimo de escravidão, a dependência química leva a pessoa a perder o amor próprio, o respeito por si mesma e também a se distanciar de tudo o que poderia lhe fazer bem. Por sua vez, os pais tendem a se retrair, evitar falar com parentes e até atender telefonemas. Não querem que ninguém saiba o que está acontecendo, o inferno que estão vivendo dentro de casa.Tudo passa a girar em torno do dependente químico. Os pais reclamam, ameaçam, gritam, mas também encobrem, protegem e defendem o filho de todas as conseqüências advindas do uso de drogas. Sem querer, acabam funcionando como facilitadores do vício.
O dependente só aceita ser ajudado quando todas as portas se fecham para ele. Depois que perde emprego, escola, amigos e família - e chega ao fundo do poço. Enquanto os pais ficarem atrás dele, tentando evitar essas perdas, nada vai mudar.
Normalmente os pais não querem mudar o comportamento do filho como acham que podem consegui-lo. O jovem precisa deles, sempre de uma maneira compulsiva, crescente, doentia. É a co-dependência. mas só quando os pais começam a se desligar, a viver sua própria vida, é que passam a ter condições de ajudar. Eles têm que aprender a não reagir às provocações do filho, nem permitir que ele continue usando-os e magoando-os. é impossível deixar de sentir dor, incerteza e preocupação, mas é fundamental parar de se culpar e de tentar modificar o comportamento do jovem. Desligar-se emocionalmente não significa deixar de olhar, de cuidar e até mesmo de sofrer pelo filho. mas sim, desligar-se de sua doença. À medida que a família vai se fortalecendo, o peso tende a ficar mais leve. Para tanto, é preciso adotar uma postura nova, mais firme e independente. Tamanha reformulação não se dá de uma hora para outra. Para ajudar, existem Grupos de Apoio e técnicas terapêuticas direcionadas à família. A experiência demonstra que, a partir daí, muitos dependentes químicos começam, a pensar em tratamento.
A dependência química tem um tremendo impacto sobre os familiares mais próximos , que costumam se sentir culpados pelo fato de um de seus membros usar drogas. A verdade, porém, é que as causas desse problema são múltiplas e extrapolam o limite familiar. Trata-se de uma doença grave e incurável, mas que pode ser controlada. É essencial que os familiares também se tratem. Até porque eles também ficam doentes, tanto quanto o próprio dependente.
A dependência química não é contagiosa, mas não há dúvidas de que é contagiante. Quando a família se engaja no tratamento, as possibilidades de sucesso aumentam muito. Assim como acontece em relação ao alcoolismo, a recuperação dos viciados em outros tipos de drogas só acontece quando eles se afastam por completo delas. É essencial também que os dependentes desejem realmente se recuperar. Muitas vezes a simples participação em Grupos de Apoio, ajuda muito a controlar a compulsão. No entanto, é indispensável uma assistência psicoterapêutica. Dependendo do caso, pode ser necessário um período de internação.
Não é fácil convencer um dependente a internar-se. Em geral, os terapeutas se reúnem com o drogado e sua família, para confrontá-lo com sua dura realidade. É o que se chama de “intervenção direta”. E essas reuniões e encontros muitas vezes podem ser e serão horas muito duras para todos, mas que no final trará alegria para muitos, em especial para os envolvidos diretamente no problema.Normalmente, uma pessoa consegue resolver seu problema porque, em primeiro lugar, reformulou seu estilo de vida, de maneira consciente e verdadeira. Depois, porque a família se envolveu no tratamento. Quando isso não acontece, as recaídas são inevitáveis. Há pais que, mesmo sofrendo, não conseguem tomar uma atitude. Outros chegam a sabotar a recuperação numa tentativa, inconciente, é claro, de manter o filho atrelado a eles. De nada adianta internar o filho e esquecê-lo. O dependente é, muitas vezes, o sintoma da doença da família, uma espécie de bode expiatório.
Nessa caminhada de enfrentamento e combate ao mundo das drogas é importante estarmos bem preparados para enfrentar esse poderoso inimigo. A boa informação e orientação são armas muito importantes e através das quais poderemos alcançar inúmeras e importantes vitórias. Neste opúsculo reunimos algumas dicas, sugestões e orientações práticas que poderão ser lhe útil, tanto na prevenção ao uso de drogas, como no enfrentamento direto com a dependência química.

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Pauta da reuniao:
Estruturando o COMAD, e suas ações, e a importância da participação da diretoria: presidente, vice, secretário, em nossa cidade temos a Coordenação do RICOMAD, com objetivo de implementar a rede de Políticas Públicas.

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terça-feira na Sala de COMAD.

Em breve capacitação para conselheiros da Região do CENTRO OESTE MINEIRO.
Aguardem!

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